Ora Esta...

Um Blog de actualidades algarvias e não só

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Tempo de Cultura Islâmica e Mediterrânica

Depois da inauguração no passado sábado da Casa da Cultura Islâmica e Mediterrânica em Silves, gostaria de partilhar convosco uma herança Portuguesa em solo árabe, mais propriamente no Bahrain.
Este sítio arqueológico foi classificado pela UNESCO como Património Mundial de Origem Portuguesa em 2005.


Deixo-vos com a descrição do documento da UNESCO:


Qal’at al-Bahrain é um típico tell, uma colina artificial construída por sucessivas ocupações humanas. O tell, com uma área de 300 por 600 metros quadrados, testemunha a presença contínua do Homem entre 2300 a.C. e o século XVI. Cerca de 25 por cento do sítio foi escavado, revelando estruturas de diferentes tipos: recintos residenciais, públicos, comerciais, religiosos e militares.

As estruturas arquitectónicas descobertas comprovam a importância deste povoamento, dotado de um porto comercial que funcionou através dos séculos. No topo dos seus 12 metros destaca-se um imponente forte português, o qual viria a dar o nome ao sítio, pois qal’at significa forte. Foi neste antigo povoamento que se instalou a capital de Dilmun, uma das mais importantes civilizações antigas da região. Possui os mais opulentos vestígios dessa civilização, conhecida somente através das referências deixadas nos escritos sumérios.


Até no Bahrain... Ora esta...

sexta-feira, novembro 24, 2006












Rali Lisboa-Dacar 2007

Silves e Monchique

recebem segunda etapa do Dacar

O percurso do Rali Lisboa-Dacar 2007, que acontece de 6 a 21 de Janeiro, foi oficialmente apresentado nesta quinta-feira, em Lisboa. Rali conta com 15 etapas passa por Portugal, Espanha, Marrocos, Mauritânia, e Mali e termina no Senegal.
Para as duas primeiras etapas, que serão em Portugal, a organização do evento traçou dois trechos especiais, um no litoral alentejano e outro no Algarve, em 6 e 7 de Dezembro.
"A primeira etapa é muito especial pois terá vários tipos de piso, incluindo areia, ou seja, os pilotos vão ter areia ainda antes de entrar no deserto, disse João Lagos, que apresentou o percurso, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Lisboa (CML).
A parte especial da primeira etapa - que ligará Lisboa a Portimão, na distância total de 495 quilómetros -, terá como cenário as cidades de Alcácer do Sal e Grândola, que estreiam este ano na prova, o segundo ano em que Lisboa recebe a partida da competição.
Silves e Monchique receberão o rali na segunda etapa - com um total de 500 quilómetros, ligando a cidade de Portimão a Málaga. De Espanha, os participantes embarcarão com destino a Marrocos, palco das três etapas seguintes.
"Tínhamos o desejo de passar directamente o rali de Portugal para Marrocos, mas, por razões técnicas, não foi possível. Haveria dificuldade em encostar um barco tão grande em Marrocos", explicou João Lagos.
Após a passagem por Portugal, Espanha (1 etapa) e Marrocos (3 etapas), a caravana percorrerá ainda outros três países: Mauritânia (6 etapas), Mali (1 etapa) e Senegal (etapas finais).
Informações sobre as etapas em www.dakar.com e http://www.dakar.com/2007/DAK/presentation/fr/r3_5-le-parcours.html




in Observatório do Algarve www.observatoriodoalgarve.com

terça-feira, novembro 21, 2006

Assim vai o nosso Futebol...

leiam este texto da Leonor Pinhão, n’A Bola. A melhor parte é esta:

"Há 20 anos, ou talvez mais, dois jogos decisivos da derradeira jornada de uma série qualquer dos campeonatos distritais de futebol terminaram com resultados impensáveis. Qualquer coisa como 18-6, um, e 21-7, o outro.Na altura eu era jornalista de A BOLA. Todos os domingos recebia as chamadas telefónicas dos correspondentes locais e tomava nota dos jogos e das classificações. O despropósito dos números dos golos daqueles dois jogos motivou-me a querer saber porquê e como e quem.A curiosidade profissional foi rapidamente satisfeita. Os dois clubes supergoleadores de terras vizinhas disputavam entre si a subida de escalão e estavam igualados em pontos a uma jornada do fim. A temporada iria resolver-se pela diferença de golos. E até nesse pormenor as duas equipas rivais tinham um score idêntico.E todos tiveram a mesma ideia. Os guarda-redes das equipas adversárias foram amaciados, os árbitros foram sensibilizados, alguns jogadores das equipas pretendentes à subida rubricaram exibições não menos estranhas e marcaram golos na própria baliza. Os dois resultados avolumaram-se até ao ponto da demência. E porquê? Porque cada equipa tinha um espião no campo do adversário. A missão do espião era correr para o telefone do café mais próximo sempre que houvesse um golo e informar os da sua cor da marcha do marcador.Nunca dois espiões correram tanto e telefonaram tanto. E, assim, dentro das quatro linhas os jogadores iam sabendo como paravam as modas e os golos que tinham de deixar entrar, uns, e que tinham de marcar, outros.A história tinha pinceladas neo-realistas. Cheguei a falar com algumas testemunhas dos acontecimentos e houve uma (torcia pelo clube que acabou por ficar em segundo lugar e não subir) que me garantiu ter a GNR ajudado o clube adversário ao disponibilizar ao espião os meios sofisticados de comunicação telefónica da sua carrinha destacada para manter a segurança pública do espectáculo.Recolhida esta primeira dose de informação dirigi-me ao mítico chefe de redacção de A BOLA, Vítor Santos, e, contando o que já sabia, pedi autorização para me deslocar até às duas localidades em questão para fazer uma reportagem.— Para fazer o quê? — perguntou o meu chefe.— Uma reportagem. Falar com os dirigentes, com os jogadores, com os espectadores…— Pois, pois…— Ia eu e um fotógrafo. É uma grande história, chefe! — insisti num entusiasmo pueril.Mas não tive sorte nenhuma.— Sabes, rapariga, eu acho melhor não tocar nisso — disse-me o Vítor Santos.Olhou-me nos olhos, inclinou-se para trás na sua cadeira de chefe e cruzou as mãos em cima da barriga.— Não tocar nisso?— Nem ao de leve. Essas coisas existem, sempre hão-de existir mas torná-las públicas faz mal ao futebol e nós, jornalistas, não podemos fazer mal ao futebol."

Esta história passou-se há 20 anos, mas hoje em dia histórias destas, com conteúdos e protagonistas diferentes, também existem no nosso Futebol, que se diz moderno e competitivo para dar gozo ao povo. E o problema não está como sabem no conteúdo, está na forma.

Com cenas destas, como é que querem que page a SPORT TV, Ora esta...

sexta-feira, outubro 06, 2006

Bendito seja eu por tudo o que não sei
gozo tudo isso como quem sabe que há o sol
(Fernando Pessoa)

terça-feira, julho 11, 2006


PINK FLOYD de luto

Syd Barret, faleceu no passado dia 7 de Julho de 2006, vitima de cancro.
Só hoje, o seu irmão comunicou a noticia ao mundo.

"Foi este músico que esteve na origem do estilo dos Pink Floyd, tendo-se chegado a dizer que o grupo era Syd Barrett, não interessando os músicos que acompanham...
Foi na primavera de 1966, quando o trio Wright- Mason- Waters procurava um vocalista, que Syd entrou para a banda, na altura, era um estudante de Belas-Artes em Londres, e foi graças a Waters, estudante de arquitectura, que conhece o grupo.
A sua criativade marcou definitivamente a imagem de marca do grupo, a começar pelo nome. Por isso, Syd Barrett foi o impulso para o trio, que queria alguém criativo, e Syd tinha ideias ORIGINAIS sobre tudo.
A sua personalidade era, no entanto, perturbante, do primeiro grande concerto do grupo, na RoundHouse, no lançamento do jornal Internacional Times, porta-voz do movimento underground em Londres, fica a sua voz trocista e a sua execução torturada na guitarra, que fascinaram um público ávido de emoções fortes.
A início, todos os originais dos Floyd eram composições de Syd, como o primeiro 45 rotações Arnold Layne, este disco é é a consagração do magnetismo perturbador que emanava de Syd, e ao que parece, na noite na RoundHouse, o seu aspecto era o mais favorável... São devido a ele os textos bizarros, como Arnold Layne, que diz:
Arnold Layne tem a estranha mania
De coleccionar roupas,
Ao luar-os os contornos diluídos
Ficam-lhe mesmo bem
No entanto, a quantidade de drogas que tomavam, vão destruíndo o vocalista dos Pink Floyd, que vai perdendo a razão. Chega ao ponto de, como diz Gilmour, ser impossível compor com ele, pois por vezes é capaz de escrever de seguida várias músicas extraordinárias , e outras vezes sentava-se com a guitarra, e sem sequer por a mão esquerda no braço desta, arranhava as cordas com a mão direita. A 27 de Maio de 1967, no Queen Elizabeth Hall, dá um dos últimos concertos da sua carreira, e provavelmente o melhor... Aparece no palco vestido com uma capa curta, fazendo largos gestos giratórios com os braços. Durante quase todo o concerto, Barrett, está na frente do palco, iluminado por um forte foco, projectando uma sombra impressionante no écran por trás do grupo. A sua pronúncia cockney, do bairro londrino onde cresceu vai atingir o público em cheio, e neste concerto, apenas Rick Wright, perdido nos teclados, dialoga com ele...
Dificilmente Syd grava o primeiro longa-duração, The Piper at the Gates of Dawn, mas apesar disso, os solos de guitarra em Interstellar Overdrive hão-de ficar para a história do grupo.
Em fins de 1967, entra David Gilmour. A intenção era de manter Syd nas composições, e Gilmour nos concertos. No entanto Syd abandona definitivamente o grupo em Janeiro de 1968.
Depois de abandonar os Pink Floyd, Syd gravou ainda dois álbuns a solo:
The madcap laughs - Janeiro de 1969
Barrett - Novembro de 1970
Ambos foram produzidos por dois Floyd: David Gilmour e Roger Waters no primeiro, e Gilmour e Richard Wright no segundo. Para o primeiro álbum, Syd, cujas dificuldades de comunicação se tinham agravado com a saída do grupo, foi encontrado num jardim público por uma secretária do agente dos Pink Floyd. Dave e Roger foram buscá-lo, e descobriram que o contrato de gravação que Syd tinha não seria renovado se este não apresentasse material, pelo que os dois o forçaram a gravar e produziram o disco. Pelas palavras de David Gilmour, quase foi preciso bater-lhe para conseguir que gravasse.
Apesar de arredado do grupo, a memória de Syd esteve sempre presente na banda ao longo dos anos. E são muitas as referências a ele na música dos Floyd, a mais importante é sem dúvida a longa suite Shine on your crazy diamond, do álbum Wish you were here, em que o YOU se refere a Syd.
Segundo dizem, Syd praticamente não voltou a dar de si, e viveu até ao passado dia 7 de Julho de 2006 uma vida normal, na cave da casa da sua mãe em Cambridge, pintando, compondo, tocando e sonhando... dentro do que ainda tinha consciêcia para fazer, como ir às compras e lavar roupa em lavandarias... (segundo palavras do próprio Gilmour). Uma das suas últimas aparições ocorreu nas sessões de gravação de Wish you were here, completamente irreconhecível. Há quem diga que, num video promocional do duplo ao vivo PULSE, Syd aparece na plateia, antes do tema Wish you were here... "
"excertos retirados de um texto encontrado na net http://student.dei.uc.pt/~paulino/sb.htm"

Faleceu, apesar de tudo um génio, que foi longe demais. Paz à sua alma.
 
Site Counter
Bpath Counter